As férias, Ronaldo amigo,
Podem ser de privação.
Põe de lado o pão de trigo,
abstêm-te do salpicão.
Em lugar do belo tinto
bebe da água corrente,
que mais vale andar faminto
que saciado e doente.
Habitua-te à salada
e à água da torneira.
P’ra aguentar a estopada
pensa desta maneira:
“Estou são que nem um pêro
e pronto p’ra regressar.
Em Paris eu só espero
matar-me a trabalhar.
Volto magro e sem doença
mas penso muito amiúde
que já tenho uma sentença:
morro cheio de saúde!”
E pronto, assim é que é.
Se a larica te consome
Põe-te depressa de pé
Oh tu, vítima da fome.
E nesta luta final
contra a gota e os alarves
hás-de ir p’ró hospital
sem ver presunto de Chaves.
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