Este blogue não pode dar-se ao luxo de, sem critério, acolher poesia anónima ou de origem manifestamente apócrifa. Particularmente quando esses escribas (em cujo estilo se nota apenas uma distante noção do que é a literatura, lamento dizê-lo, com a autoridade que anos de obra poética sólida me conferem) aparecem ligados a estruturas políticas de existência mais do que duvidosa. Abrimos uma excepção - sem exemplo! - para o que agora nos chegou:
Conheço o Gil de gingeira.
Lá na tasca do Procópio
entrávamos na cavaqueira,
às vezes a despropósito!
Mas isso era gente boa
e da classe popular:
não eram queques, pessoas
que andam praí a armar
em escritores de treta
sem jeito, mas com peneiras!
Aquele Mendes poeta?
De burguês tem as maneiras...
Amigo Gil, não te iludas!
Por ti e por toda a malta
não gosto que agora acudas
à burguesia peralta!
Grupo Marxista Leninista "O Procópio Vermelho"
RESPOSTA REVOLUCIONÁRIA A UMA PROVOCAÇÃO BURGUESA
ResponderEliminarCamaradas, nossa luta
tem por arma a poesia:
a mesa dois não disputa
ao povo a primazia!
Lá no Procópio sim!
Todos do mundo operário...
E quando chegava o fim
da noite ai era um calvário
chegar a horas à fábrica
para a luta recomeçar.
Quem entrou naquela máquina
não pode a classe largar.
Viva o Procópio Vermelho,
abaixo o burguês traidor!
Quem serve a classe operária
tem na luta o seu motor.
O PROCÓPIO VERMELHO (M-L)
GINGINHA SEMPRE! ABAIXO O UÍSQUE IMPERIALISTA!
VIVA A JUSTA LUTA DO SENHOR LUÍS!