segunda-feira, 13 de junho de 2011

Procopices

Este blogue não pode dar-se ao luxo de, sem critério, acolher poesia anónima ou de origem manifestamente apócrifa. Particularmente quando esses escribas (em cujo estilo se nota apenas uma distante noção do que é a literatura, lamento dizê-lo, com a autoridade que anos de obra poética sólida me conferem) aparecem ligados a estruturas políticas de existência mais do que duvidosa. Abrimos uma excepção - sem exemplo! - para o que agora nos chegou:

Conheço o Gil de gingeira.
Lá na tasca do Procópio
entrávamos na cavaqueira,
às vezes a despropósito!

Mas isso era gente boa
e da classe popular:
não eram queques, pessoas
que andam praí a armar

em escritores de treta
sem jeito, mas com peneiras!
Aquele Mendes poeta?
De burguês tem as maneiras...

Amigo Gil, não te iludas!
Por ti e por toda a malta
não gosto que agora acudas
à burguesia peralta!

Grupo Marxista Leninista "O Procópio Vermelho"

1 comentário:

  1. RESPOSTA REVOLUCIONÁRIA A UMA PROVOCAÇÃO BURGUESA

    Camaradas, nossa luta
    tem por arma a poesia:
    a mesa dois não disputa
    ao povo a primazia!

    Lá no Procópio sim!
    Todos do mundo operário...
    E quando chegava o fim
    da noite ai era um calvário

    chegar a horas à fábrica
    para a luta recomeçar.
    Quem entrou naquela máquina
    não pode a classe largar.

    Viva o Procópio Vermelho,
    abaixo o burguês traidor!
    Quem serve a classe operária
    tem na luta o seu motor.

    O PROCÓPIO VERMELHO (M-L)

    GINGINHA SEMPRE! ABAIXO O UÍSQUE IMPERIALISTA!

    VIVA A JUSTA LUTA DO SENHOR LUÍS!

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